sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

O QUE É ...DOPING?

Doping
É o uso de substâncias naturais ou sintéticas visando a melhora do desempenho dos atletas em competições. Este objetivo é ilícito e por isso são feitos testes de doping durante competições.

QUAIS DROGAS SÃO CONSIDERADAS DOPING EM ATLETAS?

As substâncias pertencentes as seguintes classes farmacológicas:
Estimulantes: pseudoefedrina, efedrina, anfetamina, etc.
Narcóticos: morfina, codeína, propoxifeno, etc.
Agentes anabólicos: testosterona, nandrolone, stanozolol, etc.
Diuréticos: hidroclorotiazínicos, furosemide, etc.
Betabloqueadores: propranolol, atenol, etc.
Hormônios peptídeos e análogos: Hormônio do crescimento, eritropoetina, corticotropina.

O QUE SÃO ESTERÓIDES ANABOLIZANTES?

São hormônios sintéticos que quando comparados à testosterona (hormônio masculino natural), têm maior atividade anabólica (promovem crescimento).

COMO SÃO USADOS?

Geralmente são usados por via oral ou parental (injetáveis). Alguns usuários fazem abuso de preparações farmacêuticas disponíveis uso para veterinário.

POR QUE OS ESTERÓIDES ANABOLIZANTES SÃO USADOS?

Por indicação médica são usados no tratamento de doenças como por exemplo da anemia, hipogonadismo e angioedema hereditário, por exemplo.

O uso ilícito por atletas, freqüentadores de academias ou pessoas de baixa estatura é feito na crença de que essas drogas:
Aumentam a massa muscular
Aumentam a froça física
Aumentam a agressividade
Diminuem o tempo de recuperação entre os exercícios intensos
Melhoram a aparência
Melhoram o performance sexual; ou com fins de diversão.
No entanto, o uso abusivo leva a efeitos colaterais graves, os quais são desconhecidos pelos usuários.

QUAIS SÃO OS EFEITOS INDESEJADOS DOS ESTERÓIDES ANABOLIZANTES?

Sistema Nervoso Central:
Agressividade aumentada, hiperatividade, irritabilidade
Psicose (alucinações auditivas, paranóia, desilusões)
Episódios maníacos
Desordens de pânico
Depressão e ansiedade com ou sem ideação de suicídio
Cefaléia, náuseas, libido alterado, euforia, apetite alterado
Aumento da impulsividade e diminuição do nível de cooperação.
Sistema Reprodutor Masculino:
Atrofia testicular com infertilidade; impotência.
Hipertrofia e carcinoma de próstata
Priaprismo (ereção prolongada)
Feminilização com ginecomastia
Alopécia (queda de cabelo).
Sistema Reprodutor Feminino:
Masculinização, desenvolvimento de acne, hirsutismo, redução da mama, voz rouca e profunda, hipertrofia do clitóris, irregularidades menstruais.
Sistema Músculo Esquelético:
Aumento de suscetibilidade a lesões de músculos e tendões
Em adolescentes ocorre a soldadura prematura das epífises resultando em retardo do crescimento, ou seja, o indivíduo não cresce até sua altura potencial
Sistema Cardiovascular:
Retenção de sódio e água, aumento da pressão sangüínea, edema de tecidos, aumento do colesterol
Coração: infarto do miocárdio, hipertrofia ventricular esquerda, aterosclerose e outras doenças cardíacas.
Sistema Hepático:
Hepatite, ruptura de vasos sangüíneos no fígado, carcinoma hepatocelular, hepatoma, icterícia colestática.
Sistema Renal:
Tumor de Wilms e elevação da creatinina.
Outros efeitos endócrinos:
Tireóide: dimunuição de níveis hormonais (tiroxina, triiodotironina, TSH, TBG)
Acne, alteração dos lipídios da pele
Metabolismo da glicose: alterações, resistência a insulina, intolerância a glicose.

OS ESTERÓIDES ANABOLIZANTES PRODUZEM DEPENDÊNCIA?

Ainda não está esclarecido, no entanto é reconhecida a Síndrome de Abstinência, caracterizada por irritabilidade, nervosismo e alteraçòes do humor.
OS POTENCIAIS RISCOS DO USO INDISCRIMINADO DE ESTERÓIDES ANABOLIZANTES ULTRAPASSAM OS POSSÍVEIS BENEFÍCIOS PARA A PERFORMANCE ATLÉTICA, POR ISSO SEU USO DEVE SER DESENCORAJADO.
fonte: psicoativas.ufcspa.edu.br
Doping
O doping no meio esportivo
O doping é muito comum no meio competitivo, principalmente em eventos mundiais e também nacionais, onde se disputam vagas para os campeonatos mais importantes.
O doping pode ser definido como a utilização de substância sintética ou natural (em quantidade anormal) que melhora de maneira artificial e desonesta o desempenho. Também causa prejuízo à saúde. Há estimativas de que 60 a 80% dos atletas de nível mundial utilizem algum meio de dopagem em períodos de treinamento ou durante a competição. Em competições de halterofilismo (levantamento de peso), atletismo, lutas e natação são mais comuns os exames positivos.
Há de se considerar o fato de que um exame anti- doping com resultado negativo durante a competição não significa que o atleta não tenha se dopado no período de treinamento. Há diferentes meios de dopagem, sendo mais comuns os hormônios sintéticos e os fármacos (medicamentos). O tipo de competição e a exigência dos músculos definem o hormônio ou fármaco a ser escolhido.
Em competições de força e velocidade são normalmente utilizados os esteróides anabólicos androgênicos durante o treinamento para aumentar a massa muscular. Em competições como atletismo, natação e esportes coletivos são utilizados anfetamínicos para aumentar o estado de alerta e diminuir o tempo de reação. Em competições de luta são utilizados diuréticos para perda do peso excessivo.
Em competições de corrida e ciclismo de longa duração é utilizado o hormônio eritropoetina (EPO) que aumenta o número de hemáceas (células vermelhas) transportadoras de oxigênio no sangue.
A EPO é normalmente produzida pelos rins para estimular a produção de hemáceas. Quando ocorre uma hemorragia, doação de sangue ou permanência num local de altitude elevada (acima de 2.000 m), a produção de EPO aumenta naturalmente para que ocorra a reposição das hemáceas perdidas (primeiros dois casos) ou para aumentar o número de hemáceas e compensar a menor pressão (disponibilidade) de oxigênio da altitude elevada.
Alguns atletas recorrem à estratégia de treinar numa altitude elevada (e aumentar naturalmente a produção de EPO) justamente para aumentar sua capacidade de transporte de oxigênio e seu desempenho em competições de longa duração.
Outros optam pelo uso da EPO recombinante (rEPO) que vem a ser uma proteína produzida em laboratório por bactérias que tiveram seu DNA alterado para que passassem a produzir justamente uma determinada proteína.
A EPO pode ser muito perigosa quando sua dosagem aumenta o hematócrito (concentração de células no sangue) acima de 55% (normal é 41-43%), tornando o sangue muito viscoso e seu fluxo mais difícil.
Isso pode levar à formação de trombos e ao rompimento de artérias (infarto ou acidente vascular cerebral). Já foram registradas várias mortes em decorrência do uso de EPO, inclusive na mais famosa competição de ciclismo mundial, o Tour de France.
Sendo um hormônio protéico, a EPO não era detectada em exames anti-doping com amostras de urina. Com o início das testagens também durante o período de treinamento e com a coleta de sangue, os resultados positivos se tornaram mais frequentes.
Mas o que sempre houve e vai continuar ocorrendo é uma “disputa” tendo de um lado atletas que usam diferentes tipos de doping e estratégias para “mascarar” a prática e do outro lado especialistas bioquímicos, biomédicos etc que procuram identificar meios cada vez mais precisos para detectar o doping.
Jair Rodrigues Garcia Júnior
fonte: www.unoeste.br
http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/doping/doping-2.php

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